segunda-feira, 19 de outubro de 2015


Hoje propomos uma sobremesa duplamente benéfica, graças à gelatina e ao Kefir, dois ingredientes preciosos!

O que é o Kefir?


Kefir é um probiótico produzido através da fermentação do leite. Possui um aspeto semelhante ao iogurte, mas o seu valor nutricional e terapêutico é muito superior.

A bebida pode ser preparada em casa, adicionando os grãos de kefir no leite e armazenar adequadamente. O líquido fermenta em aproximadamente 24 horas, a uma temperatura de 18-30ºC. Depois deste período, o leite deve ser coado e os grãos do kefir são adicionados a outro leite, fazendo assim de forma cíclica, por tempo indeterminado.
Tem consistência cremosa, com sabor agridoce e refrescante, e pode conter de 0.08 a 2% de álcool na sua composição.
Todos esses microrganismos utilizados na produção de leites fermentados possuem efeitos desejáveis ao organismo e, portanto, são considerados microrganismos seguros (CRAS) (JAY,1996). Possuem a característica de resistir ao suco gástrico, sais biliares e de se adequar à possível presença de antibióticos. Desta forma chegam vivos ao intestino em quantidades suficientes para promover efeitos benéficos e auxiliares na redução de riscos de algumas doenças.

Os benefícios do consumo de kefir são inúmeros, mas os principais são:
·         incrementa o valor biológico das proteínas do leite;
·   As proteínas do kefir são parcialmente digeridas e, assim, mais facilmente utilizadas pelo organismo. O triptofano, um dos aminoácidos essenciais abundantes no kefir, é conhecido pelo seu efeito relaxante do sistema nervoso;
·         sintetiza ácido láctico, o que diminui a intolerância a lactose e favorece a digestibilidade do leite mesmo para pessoas que sejam sensíveis ao leite de vaca;
·         sintetiza vitaminas do complexo B;
·         aumenta a resistência à infeções;
·      ativa sistema imunológico – e já foi usado, com sucesso, para ajudar pessoas que sofrem de sida, síndroma de fadiga crónica, cancro e herpes;
·      efeito tranquilizador do sistema nervoso beneficia muitas pessoas que sofrem de depressão, distúrbios do sono, entre outras;
·   restabelece e equilibra a flora intestinal – elimina dos intestinos as bactérias e leveduras prejudiciais, e aumenta a população bacteriana benéfica e protetora;
·         regulador da flora intestinal, podendo ser usado tanto em casos de obstipação quanto diarreia, reduz a flatulência e melhora de uma forma geral todo o sistema digestivo.

Por outro lado, a Gelatina, é rica em colagénio, que é o elemento responsável pela manutenção dos ossos e pela reconstituição ou regeneração das articulações. O colagénio age de forma a travar o processo de flacidez natural própria do envelhecimento.

Vamos lá então à sobremesa que escolhemos para hoje!!

Sobremesa de queijo fresco com doce de cereja

200ml de natas
200ml de queijo fresco  (pode ser substituído por coalhada de kefir)
100ml de leite
100ml de açúcar
6 folhas de gelatina
1 boião de doce de cereja 

Numa taça desfaz-se o queijo e mistura-se com o açúcar e as natas .
Corta-se a gelatina em pedaços  e deita-se no leite para hidratar.
De seguida aquece-se o leite até derreter completamente a gelatina.
Depois junta-se a mistura lentamente ao leite quente e no fim bate-se alguns segundos com a varinha mágica.
Distribui-se em taças que se podem inclinar um pouco quando se põem no frigorífico para solidificar em rampa ( coisas de laboratório ;) ).
Na hora de servir decora-se com uma colher de doce de cereja e um raminho de hortelã. 


Bom proveito! :) !


























terça-feira, 13 de outubro de 2015

Marmelada, Geleia e Compotas - RURALIDADES




A origem das conservas de frutas - compotas, geléias, doces em barras, frutas cristalizadas - é muito antiga e creditada aos árabes, mais exatamente aos mesopotâmios que, entretanto, a utilizavam com fins medicinais. Todas essas iguarias e o próprio açúcar, de facto, são bases de medicamentos importantes da farmacopeia árabe e da medicina medieval europeia. Foram os árabes os introdutores do açúcar tanto na farmacopeia como na cozinha.


A arte de conservar e confeitar frutas foi introduzida na Europa pelos cruzados. O método tradicional de preparação dessas iguarias não se alterou por séculos, continuando a ser simples e rápido. O odor dos frutos de verão misturado com açúcar continua a seduzir e reconfortar os homens até hoje.

MARMELADA


A designação de marmelo na língua portuguesa teve origem no termo latim "melimelum", que por sua vez deriva do grego e quer dizer "maçã de mel".


A expressão não é devida à doçura deste fruto, mas sim porque era conservado em mel. Assim, a nossa tradicional marmelada teve origem numa das primeiras formas de conservação de frutos, que consistia pura e simplesmente no seu armazenamento em mel.


E foi assim que nasceu a marmelada!


Para 1Kg de marmelos descascados
  • 750g de açúcar
  • 1 chávena de café de água


Coloca-se em lume brando. Deve mexer-se para não pegar. Ao fim de aproximadamente 1h30 passar com a varinha mágica. A marmelada está pronta quando estiver no Ponto Estrada. Para que o verifique coloque um pouco de marmelada num prato e passe uma colher pelo meio, se o creme não se voltar a juntar a marmelada está no ponto.


Pode distribuir por malgas!


GELEIA




A geleia é um tipo de doce de fruta que não contém toda a polpa da fruta e tem um aspeto semitransparente e uma consistência gelatinosa, devido à pectina das frutas. Tradicionalmente a geleia de frutas é feita cozendo-se os frutos, ou parte deles, com bastante líquido (água, sumos de fruta ou vinho) e açúcar, e depois coa-se, tornando-se numa pasta quase transparente quando arrefece. Uma geleia tradicional em Portugal é fita com as cascas e caroços dos marmelos, depois de se usar o fruto para fazer a marmelada.

  • Para 1 Kg Cascas e Caroços
  • 1.5 Lt Água
  • 1 Kg Açúcar (por cada 1 Lt de calda da cozedura)
  • Pau de Canela

Preparação:


Coza as cascas e os caroços muito lentamente na água durante 30 a 40 minutos. Coe o líquido num passador de rede com um pano, isto para reter todas as impurezas.
Meça a calda da cozedura e junte o açúcar, na proporção de um kilo de açúcar para um litro de calda.
Leve a calda com açúcar a ferver em lume moderado até obter a consistência pretendida. Para testar basta deitar uma gota num prato e se fizer ponto "pérola", já está bom. Deixe arrefecer para confirmar se está no ponto desejado.

Caso esteja no ponto certo, aqueça a geleia e retire do lume. Verta de imediato para frascos esterilizados e encha até ao topo de modo a ficar a tampa

em contacto com a geleia. Deste modo garante que não haverá ar dentro do recipiente quando fechar. Feche e vire o frasco ao contrário para criar vácuo.



DOCE DE ABÓBORA


Para 1 Kg abóbora

  • 750 g Açúcar 
  • Pau de Canela

Coloque tudo numa panela e deixe cozinha a mistura em lume moderado até obter a consistência pretendida. Para testar basta deitar uma gota num prato e se fizer ponto "pérola", já está bom.

Verta de imediato para frascos esterilizados e encha até ao topo de modo a ficar a tampa em contacto com a geleia. Deste modo garante que não haverá ar dentro do recipiente quando fechar. Feche e vire o frasco ao contrário para criar vácuo.


Dicas:

Para esterilizar os frascos: encha os frascos até meio com água e leve ao microondas na potência máxima durante 3 minutos. Passe as tampas por água fervida. Antes de colocar o doce sacuda bem para retirar excesso de água.






domingo, 11 de outubro de 2015

Cheesecake de frutos vermelhos com base de Oreo



Para aproveitar a apanha de frutos nas últimas tardes de Verão, resolvemos fazer uma calda de frutos vermelhos.
E para que utilizar a calda?
Decidimos fazer uma inovação: um cheesecake com base de bolachas Oreo.
Aparentemente, esta combinação parece apenas uma bomba calórica. Contudo, quando estiver a deliciar-se e ao mesmo tempo com a consciência a tortura-la, lembre-se: O cheesecake leva 8folhas de gelatina e a gelatina é rica em colagénio que por sua vez faz bem à pele :)
Afinal não está tudo perdido.

Deixamos-lhe aqui a receita:

Base:
2 Pacotes de Bolacha Oreo
150gr de manteiga

Recheio:
2 pacotes de natas light
1 pacote de queijo philadelfia light
8 folhas de gelatina ( sem sabor)
açúcar q.b.

Cobertura:
frutos vermelhos ( frescos ou congelados)
açúcar q.b.


Esmagam-se as bolachas com a manteiga e forra-se uma forma e levar ao forno 5 min a 180ºC. Seguidamente tirar do forno e deixar arrefecer. A base está pronta!!
Para o recheio: Colocar as folhas de gelatina numa malga e adicionar  um pouco de água quente. Enquanto a gelatina amolece, bata as natas até prenderem e depois junte o açúcar. Acrescente o queijo philadelfia as natas e por fim, já amolecida e bem homogeneizada, a gelatina.
Coloque esta mistura sobre a base, já arrefecida, e ponha no frigorifico durante umas horas.
Para a cobertura: Colocar num tacho os frutos e juntar o açúcar a gosto, levar ao lume e mexer até que o açúcar dissolva totalmente.
Finalmente, quando o recheio se encontrar sólido e a cobertura fria, coloque-a sobre o mesmo.

Et Voilá!